Entrevistas

A Ilustração na luta pelas mulheres

Foi a partir da necessidade de uma resposta a pessoas que acreditam que as mulheres não podem fazer certo tipo de atividade que a ilustradora Raquel Vitorelo, 21, moradora de São Paulo/SP criou o “Coisa de Mulher”.

Criado em agosto de 2014 pela profissional, formada em Comunicação e Multimeios na PUC-SP, ela deu início ao projeto a partir da discussão por meio da ilustração e do lettering.

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A ilustradora e uma das suas peças (Foto: Coisa de Mulher).

Cada peça passa por um processo de composição baseado em referências e os acontecimentos no mundo. Assim, o projeto “Coisa de Mulher”, traz personagens conhecidas por seus posicionamentos e também desconhecidas, retratadas em postagens feitas para redes sociais.

Raquel conta que o processo de produção começa por uma pesquisa básica sobre a mulher a ser homenageada. “Muitos nomes vêm de sugestões, mas eu faço uma filtragem do que seria mais relevante pelo momento midiático. Eu pesquiso uma fotografia de referência, ou, no caso, de retratadas que não têm fotografias, utilizo várias fontes da época, bem como releituras atuais”, relata.

Todo o processo ocorre no Adobe Photoshop, por meio de ilustração digital, tanto a criação da imagem quanto as tipografias. Como referências, ela cita alguns trabalhos de outros profissionais como Sara Kipin, Victo Ngai, Jillian Tamaki, Jake Wyatt. “Estou sempre procurando referências”, diz.

Confira o resultado das peças, que além da ilustração, conta com um resumo sobre a personalidade representada:

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Clarice Lispector

Marta Coisa de Mulher

Neste período de divulgação, Raquel conta que o retorno da repercussão tem sido muito positiva. “As pessoas se identificam muito. Não imaginava que ia ter tanta visibilidade”, conta.

Imagem mostra a referência e o trabalho feito (Foto: Coisa de Mulher).

Imagem mostra a referência e o trabalho feito (Fotos: “Coisa de Mulher”).

Mercado
Atualmente, a profissional trabalha como freelancer e também é assistente de arte em um projeto de desenho animado para TV. Recém formada, ela conta que mesmo sem tanta experiência, tem conseguido encontrar trabalho na área que gosta.

“Acho que é uma área que tem os seus desafios, mas que no geral está crescendo”, finaliza.

Clique aqui e confira o projeto completo

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