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A relação do Branding e o Sistema de Identidade Visual

Brand
(Foto: Reprodução/Freepik).

Quando passamos a ter uma visão mais estratégica sobre Identidade Visual, Identidade Corporativa e Marcas, percebemos que esse conceito vai muito mais além do que apenas o aspecto visual da marca e seu significado. Essa visão que nos leva a uma construção e uma gestão de marcas corporativas, mescla as áreas de administração, marketing e design. É aí que surge o Branding.

O que é Branding?

Branding é um sistema de gerenciamento da marca orientado pela influência e significância que essa marca pode ter na vida das pessoas, buscando assim, agregar valor ao seu público-alvo.

Branding é algo novo ou antigo?

Segundo alguns autores como Wollner e outros de sua geração, na década de 60 e 70 já se executavam projetos de Branding. Eles tinham essa visão, pois olhavam para a marca através de uma perspectiva mais ampla. Eles analisavam suas adequações e expressões visuais diante do seu público-alvo.

No Brasil, o planejamento de Branding passou a ser utilizado em projetos de construção de marcas corporativas a partir da década de 90 e vem sendo cada vez mais relevante pela competitividade dos produtos e exigência dos consumidores nos dias de hoje.

Marca Corporativa

Para deixar bem claro, quando menciono o termo “Marca” neste artigo, não vou me referir apenas ao aspecto visual dela, através do seu símbolo e logotipo, mas estarei me referindo ao sentido mais amplo, no que diz respeito a todos os significados que a marca pode ter perante a sociedade.

O que é Sistema de Identidade Visual?

A partir da Marca, criada e representada pelo símbolo+logotipo, é necessário criar um Sistema de Identidade Visual que unifique visualmente diversas peças gráficas de um determinado objeto, empresa ou evento, gerando assim, uma comunicação visual coerente para que o seu público reconheça cada peça única como parte deste sistema.

Metodologias do Design de Sistemas de Identidades Visuais

Existem diversos autores que descrevem processos de criação e construção de sistemas de identidades corporativas. Abaixo, podemos ver e analisar alguns resumos esquemáticos bem simplificados desses autores:

Metodologia defendida por Peón(2011)

Metodologia Peón

Metodologia defendida por Rezende(1979)

Metodologia defendida por Rezende(1979)

Metodologia defendida por Wheeler(2008)

Metodologia Wheeler

Analisando as metodologias acima, podemos concluir que todas elas tem uma fase de investigação e pesquisa, além de uma fase de execução e implementação da solução. Esse processo de construção de marcas amplia e fica mais complexo com a inclusão do Branding. Note que a metodologia de Wheeler possui mais etapas e adiciona itens como: pontos de contato e gestão de ativos; que por sua vez são itens mais subjetivos e estratégicos.

Com o Branding, a Marca é valorizada e o mercado aprova

Ao incluir o Branding, o processo passar a ter uma visão mais estratégica e consequentemente é mais valorizado pelo mercado. Quando diretores e gestores visualizam a estratégia da marca como diferencial competitivo do seu produto ou empresa, eles passam a valorizar mais o trabalho de marca como ativo empresarial em vez de considerar apenas como um elemento estético. O próprio sistema de identidade visual passa a ser apenas um dos componentes da identidade da marca. Em outras palavras, atualmente é desenvolvido um “brandbook“, ou Livro da Marca e dentro dele se encontra, entre outros itens, o manual de identidade visual.

Referências

MARTINS, José Roberto. Branding: um manual para criar, gerenciar e avaliar marcas. São Paulo: Global Brands, 2006.

PEÓN, Maria Luísa. Sistemas de Identidade Visual. 4a ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2011.

REZENDE, Marco Antonio Amaral. Identidade Visual: Conceitos e práticas. Revista Marketing Paulista, n.65, 1979

WHEELER, Alina. Design de Identidade de Marca: Um guia completo para a criação, construção e manutenção de marcas fortes. Porto Alegre: Bookman, 2008

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