O design gráfico, como qualquer outra profissão, requer investimento em estudo, equipamentos / infra estrutura e, principalmente, bastante dedicação. Como é uma profissão muito ligada à tecnologia, também está em constante evolução. O que torna fundamental o profissional estar estudando sempre para se manter atualizado.
Para se tornar um designer existe formação acadêmica em nível técnico e superior (o curso de design está presente nas mais renomadas universidades do país, públicas e privadas, e em todos os estados brasileiros), além de diversas opções em pós-graduação, mestrado e até mesmo doutorado. O que não é fundamental nem obrigatório para exercer a profissão, obviamente.
Além da formação clássica, existem também inúmeros cursos livres e de extensão, presenciais e online, alguns até gratuitos, que ensinam desde os fundamentos mais básicos até as técnicas mais avançadas dos softwares. Também existem muitos livros, revistas especializadas, vídeos no Youtube, etc. Ou seja, o que não falta é opção nesse mundo para aprender design.
Além das formações e cursos, para exercer a profissão é necessário o investimento em um computador razoável, para que possa rodar direitinho os softwares gráficos (que geralmente são mais pesados) para finalização dos projetos. Entre outros equipamentos e infra-estrutura que se fazem necessário. Obviamente, o investimento, os tipos de equipamentos e modelos de infra-estrutura vai depender da possibilidade financeira e necessidade de cada profissional.
Segue abaixo um pequeno infográfico com exemplos das principais necessidades e custos (valores em Reais, aproximados e baseados em médias de mercado à nível Brasil) para o profissional de design:
O importante é entender que um designer não é um profissional que nasce com um talento sobrenatural e sai fazendo layouts incríveis por pura inspiração. O objeto de trabalho de um designer é projetar uma solução para alguma necessidade real de quem o contrata para executar o serviço.
O design refere-se a um projeto visual, funcional e interativo, coisa que vai muito além da produção puramente estética.
Por exemplo, para criar um logotipo, é necessário um briefing com todas as informações da necessidade do cliente, tais como: modelo de negócio, objetivos, público-alvo, região, entre várias outras questões. A partir da análise desse briefing é que o designer vai projetar o logotipo, usando os conceitos teóricos que estudou e as técnicas que forem adequadas a esse projeto. Ou seja, um logotipo não sai pronto e finalizado por meio de mágica!
Todas as empresas, empreendedores iniciantes ou mesmo profissionais liberais, vão precisar do trabalho de um designer em algum momento da vida.
Independente do seu porte, e mesmo que seja para fazer uma “marquinha’, um cartão de vistas apenas, vão precisar de um designer. Mesmo que o cliente vá diretamente a uma gráfica para solicitar o trabalho, lá terá alguém, que tenha estudado minimamente alguma coisa de design para fazer o trabalho. E em todas as esferas, o trabalho do designer deve ser reconhecido com algo de importância e valor.
Eu acredito que o fato de não termos a profissão regularizada, não existir um conselho de classe e associações de peso para fomentar a profissão, são alguns dos fatores que contribui muito para que o design não seja uma profissão muito valorizada.
Pensem, o design é usado em quase tudo ao nosso redor: nos móveis da nossa casa, nas embalagens dos produtos que consumimos, nas placas de trânsito… Então, cabe a nós, profissionais da área, mostrar que o design tem valor, nos valorizar enquanto profissionais e colaborar para a comunidade de design se fortalecer e crescer. Para assim conseguirmos o reconhecimento tão desejado e merecido.
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