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Design e semiótica para um futuro mais inclusivo

O design sem gênero (Foto: Reprodução).

Você já imaginou se todo o seu entorno, desde objetos até cidades inteiras, pudessem se comunicar e dizer qual foi a intenção, proposito por trás de um design?

A semiótica, a ciência dos signos, faz exatamente isso, ela imprime uma intenção, propósito para cada design, seja de objetos, gráficos e até urbanismo. Na sociedade atual, onde as mulheres exigem igualdade em todos os sentidos e foram oprimidas por séculos, não apenas por atos ou palavras, mas pela construção inteira de sociedades patriarcais com uma mensagem “subliminal” de inferioridade, a semiótica tem um papel fundamental na construção de um futuro mais igualitário e justo para as minorias.

Junto com as mulheres, há também movimentos de gênero, rompendo outros paradigmas ligados a uma divisão da sociedade, tarefas e comportamentos em gênero masculino e feminino.

Como o design lidará com isso e qual o papel da semiótica?
O design começa a  trabalhar uma linha chamada “Design Sem Gênero”, especialmente ligada ao campo da moda, onde já não é possível distinguir a existência de uma roupa, acessórios, sapatos para o homem ou mulher.

Um design neutro que pode ser adotado por homens e mulheres e não transmite nenhuma mensagem de gênero.

Quanto à semiótica, apesar de ter um papel mais relevante no campo visual, da comunicação e design gráfico, ela também está presente no campo do desenho industrial.

Assim, atrás de cada design, há uma intenção, uma mensagem invisível, mas que está lá e junto com a mídia e outras forças midiáticas vão moldando e dirigindo os comportamentos de uma sociedade de acordo com os interesses dos grupos no poder.

Podemos dizer, assim, que a semiótica tem tido um papel “destrutivo” em relação às mulheres, mas para novas futuras gerações de designers, a semiótica pode ser construtiva, ao gerar novos significados e percepções mais de acordo com estes novos tempos de igualdade e inclusão.

Leia também: Design deve ser negócio para a base da pirâmide

Ainda assim, apesar de fundamental, há poucos designers especializados em semiótica, além de não ser um tema muito atrativo para os designers, que percebem ela como algo arcaico, acadêmico ou filosófico demais sem aplicação no mundo de hoje.

Novas intenções, percepções devem ser construídas no entorno material, desde design de produto, design gráfico até arquitetura e urbanismo, só assim, com o uso positivo e mais consciente da semiótica poderemos construir uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

Gostaria de compartilhar o excelente artigo da Designer Daniela Castro que adiciona exemplos a este tema:(Aproveite e siga o Coletividad) – Nossa Coletividad 

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Caso tenha mais interesse no tema “Design Inclusivo”, entre no GRUPO do Facebook do designer Marcio Dupont.

As opiniões expressas no artigo são de responsabilidade do autor

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