A quantidade de informação apresentada em uma interface em relação à quantidade de espaço em uma tela muitas vezes são inversamente proporcionais.
Quando levamos essa experiência para o “mundo mobile”, essa discrepância é ainda maior. Com isso, o minimalismo (onde um dos conceitos é que, quanto menos informação, mais fácil e rápida a interpretação pelo seu leitor) pede passagem e exige uma extrema necessidade de otimizar e organizar de forma mais fácil e simples o design de interface do seu site/aplicativo.
Uma forma de uso para simplificar e otimizar interfaces é através de elementos gráficos simples, diretos e de fácil leitura. Esses elementos são os ícones.
Mas o que é um ícone?
O ícone é um signo visual que representa outro objeto ou elemento por semelhança. Sem aprofundar muito nesse aspecto e indo mais para o lado da sua representação gráfica, o ícone é um símbolo gráfico cuja visualização recupera, da memória de curto ou longo prazo, lembranças relacionadas a diversos fatores sociais ou culturais.
Um ícone pode representar objetos, processos e ações/operações desde que corretamente projetado. Ele irá ajudar (e muito) na interação humano-computador pois o usuário irá identificar e escolher de forma rápida, fácil e direta a ação que deseja executar no sistema.
E como podemos usá-lo no design de interface?
Atualmente, não dá para imaginar uma interface digital interativa sem a presença de ícones, tanto é que já até existe uma convenção para determinados usos. Por exemplo, a utilização de uma lupa para o campo “busca” em um sistema; o ícone de uma casa para indicar o link para a página principal de um site. Um lápis para indicar a edição de um conteúdo e assim por diante.
Mas para utilizá-los de forma efetiva, temos que ficar atentos principalmente a ligação entre a sua forma e a ação que será executada por ele. O signo gráfico deve ter identificação direta ou metafórica com o que será executado. Para exemplificar isso, podemos citar o lápis como o ícone que irá editar um documento qualquer.
Um lápis é um objeto que os humanos utilizam para escrever em um papel, logo é uma representação excelente para edição de documentos. Assim como uma lixeira representa apagar o documento, ou seja, “jogar o documento no lixo”.
Agora, quando falamos em um site ou aplicativo, ele não terá apenas uma ação, um link ou um item a ser selecionado. Serão diversas ações dentro de uma interface interativa onde o ícone não virá sozinho. Ele estará acompanhado de um agrupamento de ícones no mesmo padrão gráfico, chamado de iconografia, que será especialmente projetada para ser identificada pelo usuário como parte integrante daquele sistema.
Um projeto bem interessante relacionado à iconografia é o manual de construção de ícones do Google. A construção dos ícones é bem detalhada e clara. Vejam abaixo um exemplo de estudo do ícone do Gmail.
Nos dias de hoje, uma iconografia bem projetada é essencial para qualquer interface. Suas vantagens são impressionantes, pois dispensam leitura, logo podem ser identificadas por analfabetos, estrangeiros, etc. São compreendidos rapidamente diminuindo o tempo de interação, são mais facilmente memorizados e otimizam o espaço nas telas.
Então, se pensou em interface visual, tem que pensar em iconografia.