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Chega de trabalhar em agência?

A era das startups impera atualmente. Profissionais deixam de almejar trabalhos em grandes agências de publicidade para focar seus esforços em fazer parte do “dream time” de empresas como Google, Facebook e Uber. Mas o que faz dessas empresas uma meta?

A verdade é que durante anos, e talvez décadas, a casa de designer, publicitários, redatores e jornalistas foi uma agência de publicidade. Em sua maioria, esse período foi marcado por trabalho exaustivo, pressão psicológica excessiva e o principal problema, privação criativa.

Por experiência pessoal, a diferença que mais senti entre uma agência de publicidade e o Uber, em que trabalhei, é a liberdade criativa. O pensamento louco e inovador é tratado com respeito e principalmente apoiado pela liderança. Um desses exemplos é o Live marketing em festas para promover o produto. Houve até a suposição de levar pessoas a festar por meio de helicóptero. São exemplos de campanhas que beiram o surreal, mas que foram abraçadas.

Com uma jornada de trabalho flexível, as startups conseguem massificar um dos conceitos mais martelados por coachings e gestores de pessoas. Funcionários felizes trabalham melhor. Esqueça bater o ponto no momento exato ou ter que pegar o ônibus mais lotado só para chegar cedo no trabalho. A demanda é mais importante que uma folha de ponto perfeita.

Um dos problemas que a maioria dos profissionais encontram é sentir prazer e ter a sensação que faz parte de algo maior. A pequena distância entre a tela do computador e seu rosto torna-se sua maior prisão. Os desenhos com a mesa digitalizadora perdem o sentido. As manipulações que antes pareciam grandiosas, agora são completamente vagas. E por que isso acontece? Simples! O desejo de fazer algo grande foi perdido, o anseio de acordar todos os dias e experimentar o novo se perdeu. A massacrante rotina de uma agência está te consumindo.

Uma startup não é a libertação para todo profissional cansado, mas pode ser a sua. Trabalhar em uma empresa inovadora é entrar em uma jornada árdua, com trabalhos muitas vezes insanos e em outros momentos extremamente difíceis, mas ao final, uma sensação boa pode percorrer seu peito.

Como diria o grande Seu Madruga: “Não estou triste porque não arranjei emprego. Estou triste porque consegui arranjar”.

As opiniões expressas no artigo são de responsabilidade do autor

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