Uma das tendências reveladas por meio das métricas de comportamento do banco de imagens Shutterstock, em sua pesquisa anual foi a Flat Lay, um método engenhoso de organização primeiramente desenhado por Andrew Kromelow, um faxineiro na loja de móveis Frank Gehry.
Criada em 1987, sob a forma de knolling, ela surgiu a partir da organização das coisas que ele encontrou jogadas ao redor da loja e as organizou sobre uma superfície plana em ângulos de 90 graus. O método knolling decolou em 2009 quando o escultor Tom Sachs adotou a forma de arte e cunhou a frase “ABK — Always Be Knolling”. Desde então, o método gerou fotografias em Flat Lay, oferecendo uma abordagem mais flexível ao princípio geral: objetos organizados em uma superfície plana.
Todd McLellan cria obras de arte moderna pelo método knolling, desmontando eletrônicos e organizando as peças ordenadamente, como visto em seu livro ‘Things Come Apart’.
Mas por que a técnica é tendência?
O fato de os seres humanos gostar, na teoria, de ordem e de materiais, fez com que a Flat Lay decolasse. Nós amamos fazer e ver as coisas em Flat Lay por dois motivos básicos e psicológicos: Nós amamos as coisas e nós amamos a ordem.
Enquanto nosso amor pelas coisas é construído (ou demolido) gradualmente através de influências sociais e culturais, o nosso amor pela ordem é uma função da nossa imensa capacidade de processamento de informações no cérebro. Desde que somos crianças pequenas tentando encaixar um quadrado em um buraco redondo, estamos aprendendo a organizar a enorme quantidade de dados que nos bombardeia diariamente. Qualquer coisa que possa nos ajudar a colocar as informações em ordem mais rapidamente, como listas, é como um doce para nossos cérebros.
Confira exemplos de Flat Lay:
Flat Lay no Cinema
No cinema, o flat lay geralmente aparece como um registro aéreo, chamado de vista panorâmica, Top Shot ou vista do olho de Deus. Este ângulo é popular em suspenses, onde a perspectiva aérea registra o mundo de forma inquietante e os closes aumentam o plano espacial desconhecido.
A verdadeira forma do flat lay, que envolve cuidadosamente objetos agrupados, seria rara na cinematografia se não fosse pelo mestre dos detalhes, Wes Anderson. Enquanto a maioria dos filmes usa a visão panorâmica para localizar um personagem ou mostrar uma paisagem, Anderson usa para compartilhar os momentos pequenos e íntimos rotina de um personagem onde os objetos são o foco principal.
Flat Lay na Moda
Com o e-commerce representando uma parte gigante do setor de varejo, os varejistas têm sido pressionados a encontrar novas maneiras de envolver os clientes on-line. O flat lay permite que estilistas mostrem o look de uma coleção com uma fotografia simples.
A sensação de alegria pura, induzida pela organização que você pode sentir ao encontrar uma mesa cheia de cor e t-shirts perfeitamente dobradas, também podem ser ilustradas com uma deslumbrante foto em flat lay no Instagram. Com o objetivo de fazer as compras on-line serem mais tangíveis, o flat lay tornou-se um método indispensável. Especialmente nas plataformas baseadas em imagem, que permitem que os usuários vejam e compartilhem produtos como uma forma de moeda social.
Flat Lay na Gastronomia
Este século tem visto uma reviravolta na maneira como comprar, preparar, comer e pensar em comida; o flat lay tornou-se a composição perfeita para marcar essas mudanças. Uma grande tendência da indústria é o movimento do campo à mesa, que tem recuperado a narrativa de alimentos que se concentram em ingredientes frescos e de origem local. Os ingredientes são o ímpeto por trás do movimento, então eles estão fortemente representados nas fotografias de alimentos contemporâneas. Qual seria a melhor maneira de representar as partes que compõem toda a refeição do que com o estilo segmentado de fotografia flat lay?
A partir dessas dicas, aproveite e utilize a técnica em seus trabalhos!