Uma das sagas mais bem-sucedidas e amadas do público, completou duas longas décadas essa semana. Harry Potter, a história do bruxo órfão que descobre o mundo mágico.
Iniciada com a “Pedra Filosofal”, a saga contou com mais seis volumes que marcaram a infância e adolescência de uma legião.
Introdução à parte, além da narrativa, o mundo mágico tornou-se real com ativações de marca para filmes, capas especiais, bonecos e muitos outros produtos comerciais.
A saga contou com uma ótima cobertura de marketing, e até mesmo sua capa foi reformulada para cada país do mundo. Utilizando dessa estratégia interessante, os manuscritos de J.K Rowling foram bem aceitos e criaram identificação com a cultura local.
Confira algumas destas capas:
A capa do livro a “Pedra Filosofal” comercializada na Finlândia, traz os personagens principais: Harry, Rony e Hermione com características comuns na população, um nariz avantajado.
É interessante essa diferenciação, porque os personagens no livro são descritos de forma totalmente diferente, porém, a capa trouxe essa reformulação para criar um vínculo de identificação com o consumidor.
Em casos isolados, como na Inglaterra, o livro teve tiragens com capas diferentes para atrair personas distintas.
Capa Adulta – Michael Wildsmith
Independente do país, é importante notar que o logo foi mantido. Mesmo em línguas diferentes do inglês, como Japonês, Chinês, Ucraniano, as nuances e especificações da tipografia ficaram intactas.
Como a inicial do sobrenome formando um raio. Lembrando, que essa é a marca que Harry carrega na testa como proteção.
Nem só de grafismos bem definidos a marca é construída. Alguns especialistas listam o plano de marketing da saca como um dos mais bem construídos e controlados da história.
Lançado inicialmente na Inglaterra com apenas 1.000 exemplares. Logo os livros foram ficando famosos pelo marketing boca a boca, mais e mais pessoas indicavam e compravam os exemplares.
Durante uma sessão para discutir o livro em uma livraria, percebi que não só adolescente estavam lendo os livros, adultos principalmente.
Percebendo o novo público consumidor dos exemplares, a editora lançou uma versão do livro com capa mais adulta. Pois muitos gostavam da história, mas tinham de vergonhar de caminhar com eles em locais públicos.
Nos exemplares seguintes, a editora manteve sigilo sobre quaisquer informações. Nome dos livros, data de lançamento, novidades. Tudo era mantido a “sete palmos” para criar Buss e instigar o consumidor a conversar, discutir e teorizar.
No segmento de figuras animadas e brinquedos o controle foi ainda maior, empresas que desejassem trabalhar com os personagens da saca, recebiam uma lista de aplicações do logo e quais produtos estipulados para comercialização.
Com uma quantidade limitada de itens, a marca não ficaria saturada rapidamente, possibilitando que a cada filme ou livro, mais objetos fossem explorados.
Com o lançamento oficial do último livro, uma série de relançamentos ocorreram. Agora box ilustrados continham todos os livros, e imagens explorando contextos da história.
No cinema, a estratégia foi totalmente diferente. A Warner apostou alto na saca, e a cada novo capítulo cinematográfico lançado, uma pré-estreia com ativações de marca era realizada.
No quarto filme, Relíquias da Morte, uma gigantesco Dragão coroou a entrada de um cinema. Nele executivos, impressa especializada e atores puderam ver o filme e desfrutar de um personagem marcante e constante na narrativa.
Com várias aplicações, o carisma do personagem e sua autora transformaram-se em uma gigantesca. Que encanta uma legião de pessoas nos seus 20 anos.