Tooooodo mundo quer achar uma fórmula perfeita pra fechar com clientes incríveis, aqueles que aprovam de primeira e não nos dão dor de cabeça com alterações inimagináveis. Mas infelizmente ter clientes assim é quase impossível e temos que criar nossos métodos.
Com algumas experiências, e lembrando da cadeira de psicologia na faculdade, fui tentando entender cada cliente que ia tendo e procurando saber o que eles esperavam de mim. Então cheguei a uma conclusão simples e que hoje faz com que 82% dos meus projetos sejam aprovados de primeira.
Primeiro vem do básico, na construção de um bom briefing. Se não conseguir presencialmente, que seja pelo menos via Skype. Assim você consegue perceber alguns detalhes de sua personalidade. Tente um pouco ter conversas sobre gostos pessoais, família, esporte e afins. Assim você vai conseguir falar a língua dele no processo de aprovação.
Na construção da marca, pessoalmente eu utilizo três palavras básicas. Muitas vezes o próprio cliente me passa, mas se não, eu mesmo estudo de acordo com seu mercado. Essas palavras não podem ter o mesmo significado, mas tem que estar de braços dados. Exemplo: Amor, Doutrina e Desejo. Com essas palavras trabalhei em cima de uma marca para comida vegana.
Após ter concluído, eu construo a apresentação da marca e sua papelaria. Crio de acordo como a marca será apresentada. Inicie pelos conceitos que está sendo trabalhado, pelas escolhas das cores e formas e qual técnica utilizou para a construção da marca. Mostro o como estudei, não só de faculdade e afins, mas para aquele trabalho em especifico. Se tiver uma marca antiga, mostro suas falhas e acertos logo de inicio.
Depois de todo esse gingado, apresento sua marca grande e com força. Tento analisar sempre a sua primeira reação ao vê-la, para sentir o feedback do cliente. Após essa reação, sigo com vários mockups e termino a apresentação com abertura de sugestões.
Com isso tudo eu tive o que? Tive o que nós consumidores queremos e o que eles querem como consumidores, mostrei experiência. Não experiência de trabalho, mas sim a experiência de usar um produto, interação e usabilidade. Ele quer sentir a marca assim como toma uma coca-cola. Eu crio todo um ambiente e energia em que ele entra em sinestesia com tudo que está sendo apresentado. Ele entende, acredita e protege a ideia. Poucas vezes há contradição, mas com isso eu consigo minimizar desaprovações.
Como eu consegui perceber e criar tudo isso? Percebendo meu erro e de outros designers. Nunca envie a marca como está sendo construída no meio do processo, apresente somente no momento certo. E também nunca envie por e-mail, somente o logo ou vetor. Feche sempre um pacote, com cartão de visita e algumas coisinhas mais. Obrigue uma apresentação presencial ou skype, e explore muito sua apresentação e mockups. Ele quer ver que você crie uma solução para ele e não uma arte.
E SOLUÇÃO tem que ser a palavra de todo o processo. Design se apropria da arte, mas é um projeto. E por ser um projeto, vem a ser uma solução. Se vende arte, você abre muitas brechas a sugestões, mas se vende uma solução, você vende o caminho correto por onde ele deve andar.
Espero que vocês com essas dicas, tenham tanta sorte como eu tenho tido.
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