Ser um designer é um trabalho árduo, não fisicamente claro, mas mentalmente. Desenvolver soluções, manipular imagens, aplicar conceitos, traçar grids, entender o briefing e uma série de outras atividades.
Nesse contexto de ser um designer, mais especificamente gráfico, o maior desafio talvez seja não criar somente uma arte.
E por que isso?
Muitas vezes o cliente quer somente uma arte, algo rápido para divulgação nas redes sociais, o chefe quer um flyer, o redator uma peça conceito, e todos eles em uníssono pedem que o trabalho saia rápido.
Muitas vezes na fábrica de criação, ou seja, a nossa mente, trocamos o conceito e a estrutura básica, por uma arte com visual rápido, com soluções fáceis, simplesmente porque o tempo não é o aliado.
Quando parte do tempo da criação é gasto fomentando uma ideia, que posteriormente será um conceito, temos trabalhos profundos, com objetivos claros, e principalmente que podem ser destrinchados para uma série de peças sem perder a essência. São trabalhos que algumas vezes batemos o olho no Behance e ficamos maravilhados. Há uma consistência visual perfeita, cartazes, flyers, vídeos, redes sócias, todos eles com temáticas diferentes, mas muito bem “amarrados” dentro do conceito principal.
Design não é sobre visual somente, mas a massificação de um conceito textual, é transformar ideias, pensamentos, valores em algo imagético.
No geral, um designer se deparará com momentos em que uma arte precisa só ter visual (Infelizmente), mas no contexto mais amplo, precisa sempre ter em mente que todo trabalho deve ser feito com conceito, afinal, é ele que transforma uma simples arte em uma construção maior.