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Fonte Calibri mostra farsa em documentos de filha de primeiro-ministro do Paquistão

(Foto: Montagem/Reprodução).

Uma das fontes mais conhecidas no Windows e no Microsoft Word, a Calibri, trouxe à tona nos últimos dias uma farsa. Isso porque Maryam Nawaz, filha e provável sucessora do primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, está sendo acusada por falsificação de documentos e por esconder a posse de propriedades em outros países.

Para comprovar que não seria proprietária dos imóveis, Maryam enviou documentos datados de mais de dez anos atrás, de 2006, para investigadores, que desconfiaram da origem, justamente pela fonte. Sendo assim, enviaram os papéis para um laboratório em Londres.

Lá, as equipes jornalísticas dos sites Value Walk e Dawn foram atrás da história da família tipográfica e descobriram que a criação da fonte, na verdade, ocorreu em 2007, junto com o Windows Vista e o Microsoft Office 2007.

A história ganhou repercussão e chegou até o criador da Calibri, o designer Lucas de Groot. Ao site Value Walk, ele explicou que extremamente improvável que alguém fosse utilizá-la num documento oficial em 2006.

“É extremamente improvável que alguém fosse copiar fontes de um ambiente beta para usar em documentos oficiais”, disse o designer.

A Calibri
Com rascunhos datados em 2002, os arquivos-fonte foram enviados para a Microsoft apenas em março de 2004. Já as primeiras versões beta internas foram utilizadas na companhia em agosto de 2004.

Foi só depois disso que o sistema operacional Windows Vista começou a ser disponibilizado em versão beta pública, na época com o nome de Longhorn.

“Como o tamanho desses sistemas operacionais [beta] era enorme, seria um trabalho muito grande para obtê-los”, explica de Groot. “Eu acredito que os primeiros betas do Longhorn não incluíram as fontes ClearType, mas como isso tudo foi lançado pela Microsoft, não sei as datas de lançamento específicas”, concluiu.

As informações são do site Adrenaline.

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