Termos em inglês são bastante comuns na área da comunicação. Job, freelancer, briefing, brainstorming, layout, insight… Muito provavelmente você já deve ter ouvido uma ou mais dessas palavrinhas. Algumas até causariam estranhamento se fossem traduzidas, mas outras são, de certa forma, totalmente dispensáveis e facilmente traduzíveis.
O design – por sinal, uma palavra de origem estrangeira – não fica de fora. Inclusive, muitas de suas vertentes utilizam nomes originais à língua de nascimento. Design Thinking, por exemplo, é uma delas. Para os mais distantes desse campo, tal denominação pode gerar confusão. Por isso, vale o reforço sobre o seu significado e contextualização.
Inglês para que te quero
Thinking, em tradução livre, é algo como “modo/maneira de pensar”. Em inglês, o verbo “pensar” é to think. Para substantivar a palavra, ou seja, utilizá-la para classificar/nomear um local, pessoa ou sentimento, ela recebe o sufixo “ing”, assim, think (pensar) passa a ser thinking (modo de pensar/raciocínio). Existe também, na língua inglesa, a palavra thought (pensamento), que é sinônima de thinking, no entanto, sua conotação está atrelada ao campo das ideias, noções, opiniões e reflexões. Assim, pode-se considerar que thinking é o processo de pensar e thought é o seu produto, o resultado desse processo.
À maneira que um designer pensa
De acordo com os autores do livro “Design Thinking: Inovação em Negócios“, a maneira como os designers percebem o mundo e agem com o seu meio despertou a atenção de gestores. Vale salientar, entretanto, que essa capacidade mais empática, focada no bem-estar do ser humano e na sua experiência, não é inata de um designer, é a essência do design.
O designer sabe que para identificar os reais problemas e solucioná-los de maneira mais efetiva, é preciso abordá-los sob diversas perspectivas e ângulos. (Vianna et. al)
Embora o design seja, de modo geral, associado a uma visão completamente estética, visual e carismática, o seu principal propósito é a solução inteligente de problemas, sejam eles de caráter cognitivo, emocional, cultural ou estético. Desse modo, tudo o que impede o ser humano de obter uma experiência satisfatória em sua vida é encarado como um problema, isto é, o designer projeta soluções pautadas em necessidades latentes na sociedade. Esse olhar cauteloso e multifacetado permite identificar minúcias que, muita vezes, interferem consideravelmente em um sistema, serviço ou produto.
O design thinking, portanto, pode ser utilizado por todos, independente da área de atuação, uma vez que sua premissa é permitir uma atmosfera flexível, empática e ilimitada.
Referências
VIANNA, Maurício et al. Design Thinking: Inovação em Negócios. Rio de Janeiro: MJV Press, 2012. 162 p.
BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blusher, 2011.
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