Nos tempos atuais, estar presente no cotidiano das pessoas é uma tarefa difícil. São jornais, revistas, celulares e tablets, tantas plataformas de conteúdo disponíveis, que você poderá ficar perdido em como utilizar cada uma delas.
Neste contexto, os profissionais da comunicação tentam entender como produzir um conteúdo de qualidade e ao mesmo tempo relevante ao seu público.
Vivemos em um período de mudanças drásticas na tecnologia e isso tem afetado o dia a dia de quem produz conteúdo, principalmente de veículos de comunicação que possuem a versão impressa.
Observando pela ótica da profissão em meio a era digital, o designer conta agora com a necessidade de uma readaptação de funções. São exigidas novas habilidades, assim como uma tendência à aptidão em programação (não a nível de um programador, mas ter o conhecimento básico é essencial). Tudo isso alinhado à essência: o design gráfico.
Um projeto interessante e que mostra a presença do design (área) na convergência de mídias é o do jornal gaúcho Zero Hora, recente pioneiro no design e no jornalismo devido à reformulação de identidade visual.
Na ocasião, o jornal fez uma mudança radical no projeto gráfico, na organização das editorias e no logotipo, que segundo o próprio veículo, teve influência da internet. A explicação do conceito foi que na internet Facebook utiliza a sigla F, Twitter utiliza T e Zero Hora, portanto, é ZH.
Um vídeo divulgado na época do lançamento explica de forma simples e dinâmicas estas mudanças:
Este caso evidencia a importância do designer estar inserido nas diversas funções, tendo assim a necessidade de conhecimentos múltiplos em diversas áreas. No caso acima, na parte de diagramação da versão impressa e no desenvolvimento da plataforma online. Esse cenário de convergência de funções fica mais evidente principalmente em empresas menores.
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Com o atual modelo de negócio mais enxuto nas empresas, isto já é a realidade em agências e também no perfil do freelancer. Por isso, é importante se ter conhecimento do trabalho nas diferentes funções e plataformas.
A cada ano será mais difícil estar por dentro de todas as novidades, mas é evidente que a tecnologia auxiliará isso, fazendo com que atividades que antes tinham um grau de dificuldade maior, passem a ser mais simples. Um exemplo básico disso pode ser notado no anúncio de novos avanços em softwares, como no Adobe Photoshop, por exemplo, em que fazer o efeito de dupla exposição está muito mais facilitado do que era tempos atrás. Isso se dá também por meio do surgimento de aplicativos que facilitam o cotidiano, serviços online, entre outros recursos.
Enfim, esta é uma visão que tenho do período em que vivemos e que muitos profissionais relatam nas redes: múltiplas tarefas e mais conhecimento a ser adquirido. Esperamos que o mercado entenda também que deve se haver a valorização do profissional da área criativa e a importância que ele terá aos negócios nos próximos anos.
Para quem tiver interesse em saber mais sobre Convergência de Mídia, uma indicação é o livro Cultura da Convergência, de Henry Jenkins. O livro é de extrema importância para quem deseja ficar por dentro do assunto e compreender a atual situação das mídias.
Até a próxima 🙂
*Por Eduardo Guedin