Tecnologia

3310 e o “No Brainer”

No brainer

No Brainer é o termo utilizado no mundo dos negócios para decisões com soluções obvias ou de fácil percepção, como por exemplo o anúncio que “sacodiu” o coração dos amantes do Retrô. O modelo mais amado entre os nostálgicos está de volta, o 3310 da Nokia.

3310Mais conhecido como “Tijolão da Nokia”, o celular marcou a infância de muitos, seja, por seus jogos diferentes como “Snake” ou “Alien”, ou sua incrível resistência, afinal, quem nunca ouviu a piada: “ Se você jogar esse celular na cabeça de uma pessoa ela morre”.

Agora, qual a relação do “No Brainer” com o lançamento da nova versão do 3310? Bom, temos que rever os últimos 4 anos da Nokia. No ano de 2013 ela foi comprada pela Microsoft, que planejava alavancar o número de celulares com Windows Phone. Três anos depois, o Windows phone não dominou o mercado e a Nokia perdeu sua essência e principalmente seu valor de mercado.

No ano passado ela foi revendida por muito menos do valor pago para companhia finlandesa HMD Global, que no anuncio da posse prometeu que a empresa retornaria aos tempos áureos. Obviamente, depois de 4 anos sem grandes revoluções ou destaque no mercado, a empresa precisaria de um “Bum”. E é nesse contexto que o 3310 torna-se a decisão mais óbvia.

O modelo é constantemente usado em memes na internet, está presente no subconsciente do consumidor e principalmente se enquadra no quesito resistência, características essa que sempre foi marcantes na companhia. Mas não se engane, ele não será um Smartphone com uma câmera potente ou memória de 32 Gb, muito pelo contrário, sua câmera é de 2 MB e sua memória interna não permite nem mesmo a instalação do Whatsapp.

A empresa deu uma repaginada em um aparelho antigo, mas não só isso, trouxe uma roupagem nova para sua marca, que diz no subconsciente do consumidor: “Nokia, celulares bons e resistentes”.

Em uma análise superficial, já é possível afirmar que o relançamento cumpriu perfeitamente o seu papel, a empresa está em destaque e vários sites publicaram matérias sobre o assunto, ou seja, mídia orgânica e espontânea.

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